sábado, 24 de novembro de 2012

# 125

A pedagogia justiceira do trabalho abstracto

"... abstraindo de quaisquer outras sanções que possam caber a esses actos, permito-me recomendar que os responsáveis sejam condenados na pena de prestação de trabalho a favor da comunidade. Não seria pedagógico e "reconfortante" que os autores do apedrejamento fossem obrigados a reconstituir a calçada danificada, recolocando nela, laboriosamente, as pedras que retiraram? Eis uma virtuosa aplicação da justiça restaurativa que, por certo, seria bem aceite pelos cidadãos". (Rui Pereira, in Correio da Manhã, 22 de Novembro de 2012)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

# 124

"Empresa chinesa dá bónus a quem namorar colega de trabalho".

“O anúncio do «Bónus Amor» foi feito a 11 de Novembro, quando é comemorado uma espécie de dia dos namorados chinês. A empresa tem cerca de 30 funcionários, boa parte deles solteiros. Segundo os seus executivos, que foram entrevistados pelo jornal chinês People´s Daily, a compensação foi criada porque muitos pareciam estar deprimidos e cabisbaixos”.

“Deprimidos e cabisbaixos” por estarem solteiros ou por estarem a trabalhar?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

# 123

Crise da sociedade do trabalho ilustrada (24 vezes por segundo).

el Empleo, curta-metragem de animação de Santiago 'Bou' Grasso; video.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

# 122

O fetiche do trabalho em Miguel Macedo

Miguel Macedo já havia dito que Portugal não pode ser "um país de muitas cigarras e poucas formigas", vendo nisso "uma homenagem ao trabalho de todos aqueles que criam riqueza no país". Mas o fetiche do trabalho tem raízes tão profundas em Macedo que este atribui a responsabilidade dos distúrbios de ontem "a meia dúzia de profissionais da desordem" ao mesmo tempo que elogia o "profissionalismo" da polícia. E tanto profissionalismo é garantia de uma coisa séria.

# 121

"Apesar da greve, da minha parte não deixei de trabalhar".
Cavaco Silva (in Público, 14 de Novembro)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

# 120

"Trabalho e pão".

Slogan da campanha de Hitler para as eleições de 1932, apropriando-se da retórica e linguagem gráfica do KPD (partido comunista alemão).

# 119

“O crescimento da economia não se faz com desemprego, muito menos com acabar com tudo aquilo que poderia ser eventualmente a grande força de um crescimento da economia que era dar a possibilidade às pessoas de trabalhar, de fazerem alguma coisa e de terem acima de tudo vontade de trabalhar, e a vontade de trabalhar cresce também naturalmente com aquilo que advém do trabalho, que é a remuneração (...) Viva a produção! E com greve não há produção. Por isso vamos fazer a greve geral para perceberem que sem produção não há sociedade. Viva a nossa sociedade! Viva o povo! Estou convosco.” (video).