quinta-feira, 28 de agosto de 2014

# 134

«Quanto a Guilherme, do Catujal, e lavador de carros, a procurador quer vê-lo atrás das grades por ter resistido à detenção da PSP e ferido um agente, quando tentou soltar a namorada grávida do meios dos policiais (...) “O Estado português está a pagar a um funcionário, que está de baixa e de cuja actividade não pode desfrutar, porque o Guilherme o incapacitou para o trabalho”». (in Jornal de Notícias, 27/08/2014).

A argumentação insidiosa da procuradora é mais ao menos a seguinte: ao agredir o polícia, o Guilherme prejudicou não só um elemento da força de trabalho estatal como lesou o Estado no seu conjunto, mais especificamente o orçamento do Estado, que é como quem diz todos os cidadãos. Ergo: o Guilherme é um perigo para toda a sociedade.

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